Depois da Lava
Jato ou Petrolão, como queiram, a lata d’água na cabeça, não há nada mais
onipresente no noticiário brasileiro da internet do que a Thammy Miranda. Estou
esperando inclusive a notícia sobre a fantasia que ela – posso me referir à
pessoa como “ela”? – usará no carnaval. Já disse que não se disfarçará de
Cerveró nem a pau. Mas andemos com a história.
Não estou
inscrito em redes sociais nem as visito. Não leio revistas especializadas em
mundanidades e subcelebridades. Não vejo canais de tv que não tem um jornal
decente e se dividem entre programa de barraco explícito e apresentadores que
se esfalfam com atrações freaks como nos antigos circos de aberrações. Nunca
leio as notícias sobre a pessoa objeto deste texto. Então, como sei que o
“rapaz” aparece tanto?
É impossível
escapar. Ela/ele está lá de alguma forma incrustada na tela. Enquanto se
passeia os olhos atrás de algo interessante, entre as incríveis façanhas dos
inúteis BBBs, surge a Thammy. Já listo uma fieira de títulos de notícias que
dão conta da vida, nos mais inesperados sites de noticias, desta criatura
absolutamente indispensável ao mundo. Pois não apareceria tanto se não tivesse
algo a oferecer a nós, pobres mortais, pois não? Uma coisa eu sei, o serviço de
assessoria de comunicação é bom.
Pois me traio.
Disse que nunca li nada, bem, até escrever este embasbacado texto. Fui ao
Google como qualquer pesquisador serôdio e incapaz. Eis que descubro que – que
se dane – nossa heroína é atriz, cantora, empresária, compositora e... (ufa!)
ex-modelo. E modéstia, zero. Desconheço cada uma destas múltiplas habilidades,
exceto a capacidade de aparecer sem ter realmente sido relevante em qualquer
das profissões declaradas.
Minto, seu
Thammy causou furor ao se declarar lésbica há algum tempo. O que causou muito
chororô entre os marmanjos costumados à morena de olhos verdes pelada em
revistas e que tanta companhia lhes fez, se me entendem. A partir daquela
declaração nunca mais saiu realmente da mídia. No início, era pegando uma
gostosa por semana. Mas aí ficou chato. Depois de muita esbórnia um sujeito tem
que se aquietar, constituir família e lá vamos nós cansar de ver seu Thammy
casando com sua princesinha de véu e grinalda. Ah, Laís Souza, infelizmente,
todaplégica, também aderiu ao expediente. Um parêntesis. A quem interessa a
opção sexual da moça? Mas prossigamos.
Mas isso
foi... agora me perco e por preguiça não fui catar a informação de verdade pra
saber se o casório foi antes ou depois da retirada das mamas. Uma overdose de
detalhes sobre este acontecimento não deixou mais ninguém em paz. Um tempo no
estaleiro e Thammy vai à praia depois da cirurgia. Thammy usa camiseta regata.
Thammy faz top less... como assim, sem seio? Quer dizer que se eu tiro a camisa
na praia estou fazendo top less?
Não bastasse, Thammy
mesmo casado, aparece dando mole para duas piriguetes que queriam experimentar
o peitoral do rapaz. E glória das glórias, a piriguete mor, dona Val Marchiori,
sim, esta do empréstimo esquisito do cara que agora manda na Petrobras quando
gerente geral do Banco do Brasil – esses petistas são o diabo! – quis ver e
apalpar também o peitoral do seu Thammy. E a julgar pelas fotos e olhares
libidinosos custa crer que o rapaz não tenha carcado a socializete.
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