domingo, 1 de novembro de 2015

Gretchen, a ET

Para a cantora Gretchen existe uma explicação de outro mundo para algumas de suas aptidões e boa saúde. Em entrevista ao apresentador Danilo Gentili, no programa The Noite, no SBT, Gretchen disse que sua mãe teria passado por uma “experiência genética alienígena” durante a gravidez. “Ela conta a história como verdadeira. E tem coisas em mim que não são comuns”, diz a cantora.

Fonte: Veja (16/10/2015)

A entrevista meio que fazia parte da promoção de uma biografia supostamente não autorizada, mas na qual tudo era dito pela própria biografada, inclusive o que nunca aconteceu. Ou talvez tenha acontecido, mas em delírio ou por uma dessas lembranças alucinatórias que a sujeita desconfia ser verdade, mas que, por conveniência, melhor vendê-la como fato verídico. Não sei se me entendem. Ficou confuso, eu sei.
De qualquer modo, as peripécias sexuais de Gretchen se tornavam absolutamente pueris ante aquilo que sua mãe foi submetida durante a gravidez da dançarina numa abdução, sem sair da terra ou talvez tenha saído, mas isso não importa muito. O que aqui se expõe é a conversa de bastidor, pois a entrevista tinha o objetivo comercial de vender o livro e nisso havia que seguir certas regras. Por exemplo, apenas insinuar o fator alien em sua genética privilegiada, segundo a própria. Deixar para a leitura entrelinhas, pois afirmações peremptórias de tais fatos costumam levar aquele que confessa ao ridículo ou à suspeita, não de todo errada, de que sofre de algum desvario. Isso não seria bom para os negócios.
Mas na conversa informal perde-se um pouco a censura, técnica que o polígrafo usa e abusa. Então a conversa foi mais ou menos assim. Parece que mamãe teve que passar uma temporada em Minas. Começou ela a contar a versão verdadeira do que foi só sugerido na entrevista. Morava numa chácara perto de Varginha. Ninguém nunca tinha ouvido falar em et. Mas eles já estavam infiltrados. Eles eram que nem o boto da Amazônia. Rapazes bonitos, elegantes e encantadores. Se aproximavam das meninas e quando uma se espantava... deu uma gargalhada.
Mamãe conta que todas as grávidas tiveram algo injetado na barriga. A experiência genética alienígena de Varginha era para melhorar a raça humana. Mas aí o governo soube da história e se meteu. Colocou dois ets na cadeia e extraditou não sei pra onde outros três. Eles pareciam gente comum como nós. Não, como vocês, eu sou diferente. Então minha mãe e as outras grávidas foram pesquisadas e depois se comprovou que os bebês tinham coisas diferentes, filhos de ets.
Como é que se explica a energia que eu tenho? Esse rosto não é plástica não. Quer dizer, eu fiz plástica, mas estou ficando a cara de meu pai, o et. Meu pai humano sabia que eu não era filha dele e era comunzinho que nem vocês. Conto no livro até porque meus cinco casamentos acabaram. Os oficiais. Tenho certas peculiaridades anatômicas sexuais. Os caras não aguentam, pedem pra sair! Esbaldou-se de rir.
Meu filho Thammy nasceu assim por causa desse sangue et. Ele vai continuar evoluindo. As coisas nele ficaram mais apuradas. Não tenho nem ideia no que ele vai se transformar no final. Mas aí será a prova definitiva. O mundo está cheio de et, meu filho! Por lá de onde vieram não tem essa besteira de gênero definido como só agora o povo tá se dando conta. Fizeram uma confusão com a Simone de Beauvoir, só porque ela disse que mulher não nasce mulher. Ela era et e lá cada qual escolhe o que quer ser e pode mudar quantas vezes quiser.
Aquelas músicas que eu cantava. Tem gente que acha que não tinha significado, mas ela língua eteia. Aprendi sozinha, como aprendi a ler aos três anos. Conga, conga, conga, melô do piripiri, vocês que pensam que nada significa.

Quando estive nos Estados Unidos, fui estudada pelos ufólogos americanos. Quase casei com um. Fui super bem recebida. Eles me mediram toda e concluíram que partes de mim não é desse mundo.  Fiquei dois dias incomunicável na área 51. Lá você encontra et toda hora. Sem disfarce. Voltei pra cá só para divulgar essa história que eles pediram pra eu contar pra acabar com esse preconceito. Inclusive, fundei uma Ong pra combater a discriminação e o preconceito contra os ets e descendentes. A receptividade da sociedade tem sido ótima. Fui até convidada pra fazer um filme sobre essa história, inclusive um novo filme do ET do Spelberg – é assim que se diz? Também vou gravar um novo cd que vai se chamar patchinchoola. O que significa? Nem morta eu revelo! E deu um sorriso malicioso.