Um turista alemão que tentou contrabandear répteis na cueca foi preso e será deportado depois de cumprir pena de 3 meses e meio da Nova Zelândia.
Hans Kurt Kubus, de 58 anos, foi pego com 44 lagartixas e pequenos lagartos em risco de extinção pela alfândega neozelandesa no aeroporto de Christchurch.
Fonte: De Sydney para a BBC Brasil
O alemão não era mole não, de uma tacada planejava roubar 44 lagartixas. Tentou explicar o roubo com histórias do arco da velha, mas afinal acabou dizendo que seria para sua coleção particular. Coleção particular? Faça-me o favor! Imagine por quanto não venderia? Nossos especialistas zoólogos disseram que todas as lagartixas estão em processo de extinção.
Como descobrimos? Nem precisou passar por detector nenhum. O sujeito montou uma espécie de pochete dentro da cueca, que continha pequenos bolsos. Em cada um, uma lagartixa. E tudo ia muito bem, até que uma delas resolveu pular fora. Do bolso da pochete, explico, e caiu no matagal do alemão. Acho que foi sacrifício pelas outras, mas antes zanzou por lugares... lugares... posso dizer diante das câmeras? Melhor não, não é? Sei, crianças na sala. Pois bem, o pobre animal ciscou pra lá e pra cá em agonia, pois se o alemão fedia por fora, imagine vocês lá nas partes. Quando dei por mim, só vi o homem naquela atitude suspeita se contorcendo na fila. Pensei que passava mal, ele garantiu que não.
Desconfiados, levamos o homem a uma saleta. Ele não parava um minuto de se remexer. Não queiram saber o trabalhão que deu pegar as lagartixas de volta. Havia três em coma, uma morta, vinte delas paralisadas e o restante em relativo bom estado de saúde. O alemão? Pegou cana.
Tem o caso de uma distinta senhora que tentou surrupiar uma jiboia. Na mala, até seria uma boa ideia, mas está tão manjada que a mulher resolveu inovar. Enrolou a bicha na cintura. A cabeça do animal estava localizada em baixo da axila da senhora. Não, não sei explicar como é que ela aguentava aquilo, embora eu visse um estremecimento na mulher a cada quarto de minuto. Era a língua da cobra que fazia cócega.
Esta foi descoberta no raio X. A imagem era realmente esquisita. Olhando de repente, se podia jurar que a mulher tinha engolido a cobra. Menos pela posição da cabeça do animal, como já disse. Não se conte que a cintura da mulher, como se fizesse a dança do ventre, mesmo parada, mudava de posição, subia, descia. Nunca vi nada igual.
Já tentaram passar com filhote de anta – o sujeito jurou que era um tipo de foca recém-descoberta, pela tromba, sabem? –; onça fantasiada de gato siamês; urubu pintando de branco – essa foi a garça mais feia que já vi – e até um papagaio que havia aprendido a fazer estátua. Diziam que era um papagaio de estimação empalhado e de alta estima na família. Funcionou até que o papagaio espirrou.
A última maluquice foi um gringo que tentou sair com insetos, a maioria era de rola-bosta brasileiro e outros coleópteros amazônicos. Com uma pequena dose de anestésico, os animais ficaram meio paralisados. O sujeito disse que era um tipo de artesanato que imitava os insetos que levava para uma exposição na Europa.
Acho que a dosagem foi pequena, porque na hora em que o gringo foi passar por mim, era falante que só ele, eu lhe fixei o olhar que se desconcertou. Eu mesmo não entendia o que via. Os tais artesanatos: colares, brincos, pulseiras e enfeites em tiaras de cabelos, etc, despertaram do sono e começaram a caminhar. Eu apenas lhe disse, senhor, seu brinco esquerdo está abrindo as asas e parece querer entrar em seu canal auditivo. Acabou a farsa e prendemos mais um pilantra. Contrabando de droga? Que nada, o quente é de bicho.