Um estudo realizado nos Estados Unidos sugere que a
retenção da urina pode ajudar a mentir de forma mais convincente.
Fonte: BBC Brasil (25/09/2015)
Ganha uma
passagem de férias em Caracas, na Venezuela, incluso hospedagem e a venturosa experiência
nas filas dos mercados estatais do país caribenho para comprar um rolo de papel
higiênico quem souber a definição da teoria do “contágio do efeito inibitório”.
Dou-lhe uma... Sei, vocês está aí se remoendo com o cérebro a todo vapor, horrorizados
com o vazio absoluto de resposta. Acrescente-se a frustração de saber que não
ganharão o prêmio. Pena...
Mas não os
deixarei com cara de parvos à procura do que não sabem. Eis o que significa a
expressão: os benefícios do autocontrole em uma área se estendem a outras
áreas. Não ajudou muito, não é? Em outras palavras, controlar a bexiga quando
se está com vontade de urinar ajudaria a controlar algo tão complexo quanto o
sofisticado ato de mentir.
Então é isso?
você indaga. Mas algo tão simples? Como não pensou nisso antes? Apenas, você
embatuca, o que a bexiga tem que ver com mentir? Essa pergunta vale alguns
tostões. Uma pesquisadora americana descobriu que ao reprimir o ato de urinar,
isso depois de fazer com que o voluntário bebesse quase um litro de água em
contraste com outros do grupo controle que tão só bebericaram algumas gotas de
água, dessem respostas sobre temas polêmicos e em pelo menos dois deles
mentissem descaradamente.
Pois bem, os
que estavam de bexiga cheia foram totalmente convincentes em suas mentiras. Os
outros foram descobertos, tão fácil quanto ser assaltado em qualquer rua de São
Luís e de dia. Conclusão: o ato de segurar, talvez com aquela pose típica de
pernas juntas, quiçá a mão nas partes como a segurar o órgão imaginariamente,
dá ao indivíduo um superpoder de mentir com toda convicção. Diz-se que resiste
até às torturas do Estado Islâmico.
Então me dou
conta, como se fosse o próprio Arquimedes redivivo correndo nu pelas ruas de
Atenas gritando heureca! Os idiotas da objetividade jamais pensariam em tal
inusitada explicação para o sucesso da Dilma na campanha eleitoral que lhe deu
um segundo mandato. E a gente enganado achando que foi o marketing. Digo, dos
políticos em geral. E agora constato que eles todos tem idêntica linguagem
corporal, afora a mania de falar olhando nos olhos da patuleia quando querem
dizer algo que jamais farão, mas que é tão somente o que já fazem ou estão em
vias de fazer apostando no esquecimento ou na atitude blasé que temos em
relação a eles como casos irrecuperáveis.
A presidente
que ora flana nos Esteites, porém, é caso extraordinário. Não só foi capaz de
mentir, como ainda impingiu ao seu adversário a pecha do mal que ela mesma
faria. Recordo nos debates que sua postura era algo encurvada e um andar
ligeiramente junteiro como se estivesse ainda com os coturnos do tempo de
guerrilheira, mas, admito pasmo, até nisso ela foi incrivelmente bem sucedida,
pois qualquer um diria com uma obviedade ululante que era apenas o velho
costume debaixo da bata rendada.
A pesquisadora
americana disse na surdina, que o caso excepcional da presidente brasileira
inspirou a pesquisa, pois como teve acesso às indiscrições telefônicas,
bisbilhotadas e disponibilizadas por agência secreta gringa – que bom que o
Snowden nos retirou da ignorância! –, em que um personal lhe dava dicas de como
melhorar o desempenho a cada aparição pública. Resultado: (mesmo por pouco) a
mulher ganhou.
Aos
interessados, brevemente se disponibilizará curso via internete para o domínio
da técnica. Assim é melhor. Se todos forem mentirosos, pelo menos não haverá mais
enganados. Será?