quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Pimenta no c. dos outros é refresco

A rede de Bin Laden assumiu a autoria do atentado contra o príncipe saudita.
Um documento dos serviços antiterror da França, obtido pelo jornal Le Figaro, revela que a rede Al-Qaeda estaria utilizando explosivos introduzidos como supositórios no interior do corpo para cometer atentados suicidas.
De Paris para a BBC Brasil


A seleção natural é um mecanismo que funciona de muitas formas. Uma delas, dizem os entendidos, acontece na relação estabelecida entre presa e predador. Explico. Um predador tem certas formas de ataque, a presa desenvolve mecanismos de fuga ou formas de enganar aquele que lhe quer no almoço como prato principal. Assim, o predador terá que fazer várias tentativas até conseguir pegar um petisco. Isto dá equilíbrio ao sistema. As presas viverão alegremente e aos predadores nunca faltará comida.
Perdoem-me os leitores por ter começado pela aula de biologia que, suponho, vocês nem lembravam mais. Esclarecido o ponto, vamos ao que interessa. Tomo a aula como analogia da relação entre os serviços secretos do mundo e os terroristas. Reconheço, há uma falha terrível, pois nem sempre, neste caso, os agentes secretos/predadores se dão bem.
Nossa história foi contrabandeada dos intestinos de um “aparelho” (lembram da gíria?), direto de uma caverna entre milhares de montanhas incrustadas entre ao Afeganistão e o Paquistão, países que, por hora, passam por ligeira comoção com homens bomba espatifando-se pelas ruas e levando outros tantos com eles. A informação foi captada pelo serviço secreto francês por um agente duplo.
Como o áudio estava muito ruim, conto a história. Os terroristas estavam à procura de ideias para novos ataques. Acontece que, lembrando a metáfora evolucionista, os serviços secretos, Abin incluída, desenvolveram novas técnicas para descobrir explosivos escondidos. Cachorros, robôs, microondas, o diabo a quatro. Ora, isto impedia que os carros, ou até mesmo os homens bombas, alcançassem seu objetivo. Antes de chegarem aos alvos, CIA, M16, créu, pegavam os caras.
Alguém sugeriu que deviam aumentar a potência e diminuir o tamanho dos explosivos. Mas faltava tecnologia. Said Salim Las Puentas, membro novato, sugeriu que como fora membro das Farcs e sua especialidade era levantar recursos pela venda de drogas contrabandeadas para o Brasil e Europa, pegaria emprestada a ideia das mulas que engolem dois, três quilos de cocaína e a maioria passa batido nos sistemas mais sofisticados dos aeroportos. Sabe-se o nome porque ele se apresentou, oras!
Faço aqui um parêntese. Vejam vocês como este mundo é pequeno! Por artes do destino eu sabia a história do Las Puentas. Como tentou usar São Luís como nova rota para a droga meso guerrilheira, meso carteliana, aqui se apaixonou por uma morena de parar a Rua Grande. A dita vinha ser prima de uma antiga namorada. Pois bem. Said Largou as Farc e mudou para o ramo só da droga e aqui se instalou de mala e cuia. A morena, assanhada que só ela, num destes são joões, acabou-se debaixo de um couro de boi com um sujeito marombado bem nas barbas de Las Puentas. Ele fez seu ziriguidum, mas a morena sirigaita deu-lhe uma rabanada e foi-se. Desiludido, Las Puentas partiu e ingressou na Al-Qaeda.
Volto ao tema, desculpem, mas era fundamental uma explicação. Salim Said Las Puentas, de uma tacada, resolvia o problema do tamanho da bomba e com baixa tecnologia. A questão é que um material tão instável, no ato da deglutição poderia explodir o que engolia e todo o “aparelho” junto. Era preciso pensar noutra estratégia.

Said, homem atilado e amargurado, estava impossível com a criatividade. Pois que se meta o explosivo no c. Não há no mundo como descobrir, só se for no raio X, mesmo assim será preciso alguma astúcia para pensar em local tão escondido. A esta altura, o serviço secreto já estava de cabelo em pé. Já imaginou, perseguir os caras que agora carregariam as bombas no fiofó? Será que especialistas em linguagem corporal seriam úteis? O motivo deixo com vocês, leitores.
De qualquer modo, o problema estava resolvido, mas foi mais quem tirou o c. da reta. Estavam todos com o c. na mão. Aquilo era lá idéia de gente? Feria a religião, disse alguém. Será que um mártir desses iria ao paraíso? Era preciso consultar um imã, um aiatolá, mas perdidos naquele c. de judas, como?
Said tomou a palavra. Questionou se queriam fazer a missão sagrada da jihad ou atrapalhar-se com minúcias à toa. A honra não está no c., disse, pois, pergunto, o que tem a ver o c. com a calças? O local é o de menos, o importante é cumprir a missão. O que temos a perder? Aqui ninguém tem o c. que o rato roa. O chefe, parecia sê-lo, disse então que seria Las Puentas o primeiro a inaugurar esta nova tática. Mas, Obama, não dá para arrumar outro, é que deixei uma morena lá no Maranhão...