O falso cirurgião plástico da
Flórida conhecido por aplicar cimento e cola nos glúteos de uma mulher foi
detido novamente nesta sexta-feira (27), acusado de homicídio de uma paciente.
Oneal Ron Morris praticava
cirurgias clandestinas em quartos de hotel e casas no sul da Flórida em
pacientes interessadas em aumentar os glúteos, as bochechas e os lábios. Para
realizar o desejo dos pacientes, injetava materiais como cimento e cola,
colocando em risco a vida de várias pessoas.
Fonte: AG EFE – UOL Notícias
(27/07/2012)
Digam-me cá. “Dra. Duquesa” não faz
falta ao Brasil? De repente, fiquei com inveja dos gringos que tem esta
criatura que faz obras de arte corporais ou Body Modification com material,
digamos, alternativo. É certo que quem se submete à “Dra. Duquesa” tem alguma
síndrome dismórfica corporal, mas em tempos de reciclagem ela mostra um lado
radical que a medicina ainda teima em não se atualizar. E, por bobagens, como a
chance enormemente aumentada de que os pacientes morram.
Entre os materiais usados, um
particularmente teria muito sucesso no Brasil, o cimento. O termo cara-de-pau,
dizem os patrulheiros do politicamente correto, não deve mais ser usado porque
não é ecologicamente correto. Como além dos políticos sobra quase ninguém para
alcunhar com tal epíteto, acho que não faria mal nenhum aceitar esta sugestão.
Aliás, uma maldade da imprensa
americana diante desta artista com tão refinada estética, foi chamá-la de
“doutor cimento”. Um desrespeito duplo, digo, porque “Dra. Duquesa”, que nasceu
Oneal Ron Morris, é um transsexual em processo
de transformação e como apesar da forma, vá lá, feminina – vocês não
acreditariam – fica difícil ter uma identidade que possibilite um emprego
honesto, de algum modo é preciso ganhar a vida. Por que não com bizarrices não
sexuais?
Duquesa é uma experimentadora.
Forjou glúteos com cola, lábios com selante e coxas com a mistura disso tudo e
recheiou os vãos com algodão. Que culpa tem este ser, digam? Os clientes é que
pedem e pagam. Duquesa apenas empresta seu vasto conhecimento, sem contar sua
sensibilidade no design corporal, experimentado por ela mesma que com pequenas
intervenções, ganhou glúteos tão avantajados que deixariam as mulheres melancia e companhia humilhadas. É
certo que as pernas de Duquesa, finas como palitos não acompanharam a linha de
amplificação do traseiro, o que deu uma aparência ligeiramente estranha, mas um
se acostuma... se não olhar muito.
Os políticos do mensalão e seus
capangas veriam boa utilidade com o óleo mineral, material também largamente
usado por Duquesa. Não sei exatamente para que serve, mas suponho que lustraria
o cimento dos preenchimentos dos pés de galinha, as marcas de expressão, que
devem ganhar uma imobilidade cérea compatível com a gravidade do momento,
afinal serão julgados e qualquer trejeito facial pode denunciar culpa ou mesmo
deboche com os ministros do supremo, o que pode ser potencialmente desastroso
para as negativas que incorporaram ao seu dna de facínoras.
Acho que a cola teria particular
utilidade com os pregadores televisivos. Bem, não sei explicar direito, talvez
para untar o discurso cada vez mais escalafobético para arrancar trocados dos
desesperados. Claro que um pouco de selante ajudaria, pois como os políticos,
devem cuidar do vazamento de emoções que até hoje fazem a fama do Macedo se esbaldando
com uma pequena montanha de dinheiro que agarrava com duas mãos com um olhar
vidrado e cheio de cobiça. O video é velhinho, mas ainda perambula pelo You
Tube.
Quanto a mim, dispenso os
prestimosos e abalizados serviços da “Dra. Duquesa”. Estou plenamente
satisfeito com este corpinho e cara que Deus me deu, embora, na academia onde
amolo os músculos, uma mocinha namoradeira cujo objetivo no lugar seria apenas
paquerar, tenha me incluído, genericamente, entre os faltosos de beleza quando
exclamou que ali só havia homens homens feios. E quanto a você, vai um
cimentozinho aí na bochecha?