domingo, 13 de dezembro de 2009

Da m... eu também vim




No momento em que correntes do PT se digladiam em alguns Estados diante da resistência de alas do partido à aliança nacional com o PMDB e seu impacto regional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou sua passagem ontem pelo Maranhão, reduto dos Sarney, para reiterar a importância do pacto com os peemedebistas e pregou a necessidade de pragmatismo político.
“Tem que conversar com quem tem voto. Não se trata de ter amigos ou não ter amigos. Não se trata de ter afinidade ideológica ou não ter afinidade ideológica. Se trata do pragmatismo da governança”.
Fonte: Folha de São Paulo

O Planejamento

O prisidente vai chegar e tem que tá tudo beleza. E o povo? Que povo? Bobagem, para ver o prisidente todo mundo vai. Olha, né melhor garantir? Vamo pegar uns ônibus e entupir desta galera que não tem o que fazer e pronto. Mas eles têm que ganhar alguma coisa, né não? Camiseta. Pobre adora camiseta. Um boné. É...
Ei, não pode faltar criança. Vamo pegar na escola. Será que a imprensa azeda não vai falar? Falar o quê? Sei lá, tirar os meninos para vê o prisidente, enquanto deveriam estar estudando... Ninguém liga, se ele chegou onde chegou mal sabendo escrever o nome, não vai ser um dia de aula perdido que vai prejudicar. E vão ficar até três da tarde esperando? Ô rapá, “enche a boca de castanha”. Vô dizer como diz o prisidente: “Se fosse fácil resolver o problema da fome, não teríamos fome.” Entrega bandeirinha e pega um daqueles de aparência mais lascadinha pra ele passar a mão na cabeça. Tá bom, tá bom...

O discurso

        Cumpanhêros, tamo aqui inaugurando estes prédio pro povo favelado. Outro dia eu disse pro Niemeyer que Brasília tá parecendo uma favela e me deu um estalo. Seria bom um pograma pá acabar cum as favela do país. Eu já acabei com a Brasília teimosa no Ricife e agora tamo acabando cum os palafitado aqui do Maranhão, quer dizer, de São Luís. Agora os cumpanhêro palafitado num precisa ter vergonha de onde mora. Visitei até um apartamento, hoje vai ter buchada de sarnambi, a cumpanhêra até me deu uma lasquinha, mas tô de dieta, mas aceitei um talagada de tiquira.
        Num é fácil cumpanhêros, mas “O governo tenta fazer o simples, porque o difícil é difícil.” Pra isso, nóis tem que fazer aliança. E eu lá tô querendo saber se o sujeito é da linha essa e aquela? Nóis tem que garantir a guvernança. Digo mais: “Eu quero saber é se o povo tá na merda e eu quero tirar o povo da merda em que ele se encontra”. Ih, já vi que amanhã a imprensa azeda vai dizer que falei palavrão. E merda é lá palavrão? Vocês aqui, quem é que não faz merda de vez em quando? Não, todo dia? Então, merda é produto fisio...fisio (merda!) enfim, é coisa natural. Quando eu digo que quero saber é se o povo tá na merda é porque não vou dizer: “Meu, sifu.” Os político da oposição falariam isso? Falariam? Duvido.
        O povo é quem nem “na Amazônia, vivem 20 milhões de cidadãos que têm mulheres e filhos. Mulheres e filhos são apêndices dos cidadãos...” E quem é que vai cuidar deles? “Os ricos babacas”? Nunca. Então, é nóis.
        Por falar em Amazônia, já que tamo num pedaço dela – né não guvernadora? – nóis é que tem que proteger. Eu sei que aqui tem mais é babaçu e que muitas cumpanhêra passa o dia quebrando a castanha no cacete. O babaçu nóis vai proteger também. “De vez em quando eu acho que a Amazônia é como aqueles litros de água benta que têm na igreja: todo mundo acha que pode meter o dedo.” E uma cunversa leva a outra, aproveito pra dizer aos homi aqui presente que “O homem tem a maldita mania de achar que ninguém pode passar a mão nele. Ele é todo machão, mas quando pega um câncer de próstata, é virado do avesso. Gente, nada substitui o toque.”
        “Estou vendo o José Ribamar sentado, tentando me olhar, mas ele não pode me olhar porque ele é cego. Estou aqui à tua esquerda, viu, Ribamar! Agora, você está olhando pra mim...” (o nome foi alterado, o restante da frase é real). É assim que a oposição tá andando. Igual o cumpanhêro José Ribamar. Nunca antes na história desse país se fez tanto pelo povo. Tamo tirando da merda o maior número de cumpanhêros. Isso os rico num quer. Falam mal até da cumpanhêra Dilma. Dizendo que ela nem é candidata ainda. É verdade. Vai ser. Esse ex-presidente é burro. Se fosse candidata nem podia discursar nessas inauguração, né não, Dilminha?


PS: As frases entre aspas são originais.