Aqui falo sobre um monte coisas de meu universo de interesse. Filmes, livros, família, política, religião e psicologia. Também reproduzo textos publicados em jornais de São Luís (MA).
sábado, 22 de março de 2014
terça-feira, 18 de março de 2014
300 – A Ascenção do Império
À parte do
grafismo e dos efeitos especiais que, como linguagem, continuam interessantes,
o enredo de 300 – A Ascenção do Império deixa muita a desejar. Presente e passado
se misturam numa balbúrdia. Ascenção do Império é uma história paralela à
anterior que tenta dizer como nasce Xerxes, o rei-deus. Revelam-se eventos
alguns anos antes, mas emendados ao presente.
Artemísia (Eva
Green), a mocinha má com uma história trágica, faz muitas caras e bocas como
uma mulher malévola, mas não convence.
O discurso da
rainha Gorgo de Esparta é fragilíssimo. A atriz Lena Headey tem uma voz fraca e
não compensa com a performance. Ela se saiu melhor no primeiro porque fala
pouco e pelo menos tem algumas cenas quentes com o marido. Se eu tivesse que
lutar motivado por um discurso daqueles, sairia correndo apavorado.
Xerxes (Santoro),
aparece um pouco mais que no primeiro filme, mas, sem demérito a nosso ator
melhor posicionado em Hollywood, fica a desejar. Rebola pra cá, rebola pra lá,
faz aparições diante de seu povo e mais nada. Há cenas em que a edição falhou e
ele fica reduzido, quando a ideia é dar-lhe um gigantismo coerente com sua
divindade. A cena dele cortando a cabeça de Leônidas tem certa dramaticidade. A
voz alterada continua fazendo sucesso. O cinema já viu isso. Retire-se a voz de
James Earl Jones e Dart Vader vira um vira-lata.
A verdade é
que se pode escolher qualquer dos atores e não há umzinho que se destaque,
logo, suspeito, é a direção, a história e sei lá mais o quê que não ajuda.
Quem está acostumado
à linguagem de sangue jorrando, espirrando e borbulhando para todo lado,
cabeças decepadas, vai se esbaldar, mas Ascenção fica longe do balé dos 300
espremidos no desfiladeiro contra um milhão de homens de Xerxes. Os vários
rounds da guerra naval tem um ou outro momento bacana e outros exagerados até
para um filme desta categoria.
Vale o
ingresso? Sim e não. Sim. Você desconecta o juízo e deixa rolar. Não. O filme
não empolga. É linear. Nem a cena de sexo selvagem entre Temístocles (Sullivan
Stapleton) e a malvada Artemísia ajuda a nos tirar da sonolência. E olha que eu
nem estava me importando com a crítica das inconsistências históricas. Eu só
queria uma boa história, com liberdade poética e tudo.
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