domingo, 30 de dezembro de 2012

Outras histórias de 2012 que não contei


Fonte: UOL Tablóide (29/12/2012)

Todo final de ano tem um script parecido. Os jornais fazem retrospectivas, listas as mais diversas sobre temas tão variados, que é impossível elencá-los aqui e, claro, previsões: econômicas – neste item o Mantega, Ministro da Fazenda brasileiro, acerta tanto quanto a mãe Diná –, políticas, catástroficas, sobre celebridades ou você, mesmo que os agoureiros nunca lhe tenham visto na vida.
As listas são divertidas, especialmente quando relatam histórias estranhas. Dizer estranhas é pouco, são bizarras e inacreditáveis, seja pela burrice dos protagonistas, pelo azar, loucura. 
Histórias esquisitas tem sido a principal fonte para escrever esta coluna dominical. As fontes sempre são verdadeiras, aqui apenas ganham, às vezes, um personagem com um nome e uma contextualização ainda mais tosca que o próprio fato que a gerou. Tomo emprestado algumas delas para finalizar este ano que foi pródigo em esquisitices, incluindo aí um fim de mundo pela previsão maia que, para tristeza de muitos, não aconteceu. Digo apenas o que ficou mais popular. Não incluo a tara de seitas religiosas que também cismaram com 2012 e anunciaram uns três fins de mundo frustrados. Mas aqui estamos.
No topo da lista, Maria Verônica Vieira, 25, que enganou até o próprio marido com uma gravidez de quadrigêmeos. A barriga descomunal – feita de silicone e pano – desfilou pela tv por quase um mês. Eu acreditar e você também, vá lá, mas o cara mais crente nesta história foi o próprio marido. Como assim, cara pálida?
  Todo mundo sabe que o sistema público de saúde vai mal das pernas e entre notícias trágicas que tanto nos entristecem, há lugar para as inusitadas também. Dona Adriana Santos, que estava gordinha, procurou um médico em Salvador para se consultar sobre complicações desta situação e saber como emagrecer. O médico, entre um humor ácido e incompetência, passou Cadialina. Ao perguntar sobre o remédio, o médico explicou: passe num ferreiro (?) e compre seis cadeados: para a boca, para a geladeira, para o armário, para o freezer (a mulher é pobre não tem freezer), para o congelador e, finalmente para o cofre da casa. Cofre?    
Eis uma história de burro. Não o animal, ao qual peço desculpas, mas de gente mesmo. Ricardo Sérgio Freire de Barros foi preso dentro de uma agência bancária no Recife. Em tempos de crédito farto, pretendia arrumar algum. O gerente desconfiou dos documentos do 171. Ignorante em cinema, tascou a foto do Jack Nicholson (ator americano, lembram?) na carteira de identidade. Por que o louco não colocou a própria foto? Vá se entender! Foi preso em flagrante.
Duas histórias de peitos. Fundo-as numa só. A brasileira que se diz modelo, residente no Texas (EUA), sofreu um pequeno acidente automobilístico. Estava sem cinto de segurança, mas havia instalado dois enormes air bags no lugar dos peitos e estes, disse ela, a salvaram. Levou-os à funilaria e promete aumentá-los e consequentemente, a freguesia. A outra, sua colega alemã, devaneava há muito como seria matar um homem após o coito com seus dois peitos enormes. O namorado foi atraído para uma noite de amor e no final, exausto, viu-se aplastrado sobre o peso da mulher que é avantajada e sendo sufocado pelos seus peitos. Já azul por falta de ar, a custo conseguiu desvencilhar-se da sujeita, fugiu e deu parte na delegacia. Quis saber depois porque ela quis assassiná-lo e ela candidamente disse apenas que queria tornar sua morte mais confortável. Foi o único cara que a quis em anos e ela tenta matá-lo. Esta a gente classifica na sessão loucura.
Que 2013 venha com todas as suas histórias e, para vocês leitores e leitoras, seja um ano pródigo em realizações, sempre sob o manto da paz e da saúde. Obrigado pela companhia.

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