Fonte:
UOL Tablóide (29/12/2012)
Todo final de ano tem um script
parecido. Os jornais fazem retrospectivas, listas as mais diversas sobre temas
tão variados, que é impossível elencá-los aqui e, claro, previsões: econômicas
– neste item o Mantega, Ministro da Fazenda brasileiro, acerta tanto quanto a
mãe Diná –, políticas, catástroficas, sobre celebridades ou você, mesmo que os
agoureiros nunca lhe tenham visto na vida.
As listas são divertidas,
especialmente quando relatam histórias estranhas. Dizer estranhas é pouco, são
bizarras e inacreditáveis, seja pela burrice dos protagonistas, pelo azar,
loucura.
Histórias esquisitas tem sido a
principal fonte para escrever esta coluna dominical. As fontes sempre são
verdadeiras, aqui apenas ganham, às vezes, um personagem com um nome e uma
contextualização ainda mais tosca que o próprio fato que a gerou. Tomo
emprestado algumas delas para finalizar este ano que foi pródigo em
esquisitices, incluindo aí um fim de mundo pela previsão maia que, para
tristeza de muitos, não aconteceu. Digo apenas o que ficou mais popular. Não
incluo a tara de seitas religiosas que também cismaram com 2012 e anunciaram
uns três fins de mundo frustrados. Mas aqui estamos.
No topo da lista, Maria Verônica
Vieira, 25, que enganou até o próprio marido com uma gravidez de quadrigêmeos.
A barriga descomunal – feita de silicone e pano – desfilou pela tv por quase um
mês. Eu acreditar e você também, vá lá, mas o cara mais crente nesta história
foi o próprio marido. Como assim, cara pálida?
Todo mundo sabe que o sistema público de saúde vai mal das pernas e entre
notícias trágicas que tanto nos entristecem, há lugar para as inusitadas
também. Dona Adriana Santos, que estava gordinha, procurou um médico em
Salvador para se consultar sobre complicações desta situação e saber como
emagrecer. O médico, entre um humor ácido e incompetência, passou Cadialina. Ao
perguntar sobre o remédio, o médico explicou: passe num ferreiro (?) e compre
seis cadeados: para a boca, para a geladeira, para o armário, para o freezer (a
mulher é pobre não tem freezer), para o congelador e, finalmente para o cofre
da casa. Cofre?
Eis uma história de burro. Não o
animal, ao qual peço desculpas, mas de gente mesmo. Ricardo Sérgio Freire de
Barros foi preso dentro de uma agência bancária no Recife. Em tempos de crédito
farto, pretendia arrumar algum. O gerente desconfiou dos documentos do 171.
Ignorante em cinema, tascou a foto do Jack Nicholson (ator americano, lembram?)
na carteira de identidade. Por que o louco não colocou a própria foto? Vá se
entender! Foi preso em flagrante.
Duas histórias de peitos.
Fundo-as numa só. A brasileira que se diz modelo, residente no Texas (EUA),
sofreu um pequeno acidente automobilístico. Estava sem cinto de segurança, mas
havia instalado dois enormes air bags no lugar dos peitos e estes, disse ela, a
salvaram. Levou-os à funilaria e promete aumentá-los e consequentemente, a
freguesia. A outra, sua colega alemã, devaneava há muito como seria matar um
homem após o coito com seus dois peitos enormes. O namorado foi atraído para
uma noite de amor e no final, exausto, viu-se aplastrado sobre o peso da mulher
que é avantajada e sendo sufocado pelos seus peitos. Já azul por falta de ar, a
custo conseguiu desvencilhar-se da sujeita, fugiu e deu parte na delegacia.
Quis saber depois porque ela quis assassiná-lo e ela candidamente disse apenas
que queria tornar sua morte mais confortável. Foi o único cara que a quis em
anos e ela tenta matá-lo. Esta a gente classifica na sessão loucura.
Que 2013 venha com todas as
suas histórias e, para vocês leitores e leitoras, seja um ano pródigo em
realizações, sempre sob o manto da paz e da saúde. Obrigado pela companhia.
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