Um estudante de 13 anos foi algemado e preso após ter arrotado na
classe, em uma escola pública de Albuquerque, no Novo México (EUA), de acordo
com um processo aberto, na última quarta-feira (30) contra o diretor do
colégio, um professor e um policial.
Fonte: UOL Tabloide (Em São
Paulo 02/12/2011 - 09h32)
Em terras de Vera Cruz, todo
mundo sabe, a leniência com os criminosos é inacreditável. Estão aí todos os
políticos pegos em flagrante gatunagem que não nos deixam mentir. Por aqui até o
pulha que mata, esfola e diante das câmeras diz com a maior candidez que a
culpa é da vítima que reagiu, recusou-se a dar ao meliante a carteira ou algo
de valor que ele queria por que queria, ainda encontra quem ache que ele é
vítima da sociedade e por isso reage assim.
O Lupi, pessoa de nome mais que
adequado, com suas atitudes lupinas faz e acontece, com a trogloditez que lhe é
característica até quando diz que ama a Dilma e, de novo, nada acontece.
A calhorda, bêbados feitos gambás
atropelam, matam e sem que consigam dar dois passos em linha reta, ainda atinam
para se recusar a soprar o bafômetro. Negam estar borrachos ainda que as
câmeras mostrem sua dança estropiada. Alguns juízes tem tido a hombridade de
dar-lhes multas milionárias, mas saem livres, afinal.
Mas há lugares, caros leitores,
em que a coisa pega. Imagine que você tenha comido aquela feijoada e pela gula
e o tempero, ficou meio empanzinado. No meio da aula, obviamente sem querer,
solta um arroto tão grande que as cadeiras tremem. O máximo que aconteceria era
a vergonha – não para todos porque tem gente que não se avexa nem quando solta
um pum – e os muxoxos enojados das menininhas. De quebra, talvez ganhasse um
apelido tipo boca de esgoto.
Em Albuquerque, Novo México
(EUA), o negócio é mais embaixo. A aula transcorria normalmente. E pelo
acontecido, menino que der um espirro vai para o calabouço. O pobre Bob, de
treze anos, havia comido três hamburgueres e um daqueles baldes-copo de
coca-cola que os americanos adoram. Estava completamente entupigaitado. A aula
correndo e o pobre de vez em quando sentia que o arroto vinha e ele se
segurava. Vejam bem, não era um traque daqueles equivalentes a carniça, mas um
banal arroto.
O professor falava, mas a mente
de Bob e todo o seu ser, antevendo um desastre de proporções épicas, com
consequências imponderáveis, estavam concentrados em segurar o monstro que
ameaçava se soltar. Mas a cada investida da fera, como um aríete enlouquecido
que subia das profundezas garganta acima, ele sabia que mais cedo ou mais tarde
se soltaria quem nem cachorro louco.
Olhava ao redor em busca de
salvação, mas não havia porque a lei da escola era que eles haviam passado, e
muito, da fase de controlar suas necessidades. Logo havia hora e tempo,
cronometrado, para usar o banheiro. Durante a aula era algo simplesmente
impossível sequer de cogitar.
Então veio o tsunami. Bob abriu a
boca e o desvairado arroto saltou como um saci pererê de dentro do redemoinho.
Vinte segundos seguidos de uma turbina de avião na decolagem no ouvido do sensível
e afetado professor que, histérico, gritava para que Bob parasse com aquela
indisciplina. Tente parar uma caminhão carregado, descendo uma ladeira e sem
freios.
O barulho foi tanto que até o
diretor, um sujeito branquelo que arrastava todas as frustrações do planeta nas
costas e nunca superara os bullyngs sofridos na escola, pelo que se tornou um
sádico altamente qualificado. Num segundo, o homem estava na sala, os alunos
ainda tentavam entender o que acontecera. O dedo do professor, trêmulo e vermelho
de raiva, apontava entre agastado e humilhado para o pobre Bob. Este apenas
sentia alívio e, como que em transe, estava preparado até para a cadeira
elétrica.
O segurança brutamontes, que
era fanzoca do Stallone Cobra e viciado em CSI, pulou em cima de Bob, colocou o
joelho em seu pescoço e o algemou. Bob via tudo passar em câmera lenta e até
esboçou um leve sorriso de nervosismo, o que foi tido como um grande deboche
agravante de sua pena. Foi preso e exilado da escola para nunca mais voltar.
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