Leitoa se apresenta com 15 cachorros amestrados.
Segundo a dona, a porca aprende mais rápido do que um cão.
Segundo a dona, a porca aprende mais rápido do que um cão.
A leitoa pensa que é um cão e chega a saltar obstáculos ao lado de outros cachorros. Segundo a proprietária da leitoa, a britânica Sue Williams, "Louie" aprende mais rápido do que um cão, de acordo com o jornal inglês "The Sun".
Fonte: Do G1, em São Paulo
O velho ditado dize-me com quem andas e te direi quem és, parece fazer sentido diante de certas situações. Nem todas, porque, aparentemente, ser um igual a todos que andam por aí faz parte de um modo de ser. Esta mania de imitação aproveita a poderosa indústria da moda, que impõe cabelos, cores e modelos, alguns pra lá de esquisitos. Já viram quantos carinhas com aquele cabelo lambido almejam parecer com um cantorzinho canadense?
O ditado parece ter desbotado. Mais ainda se considerarmos seu apelo moral ou seu ranço repreendedor, daqueles com cara de professoras primárias das antigas que adorava dar uma reguada em aluno. E ainda comparavam sua burrice com o cdf que tirava dez. Tem mãe que faz o mesmo: por que você não é como seu irmão? E você, que é somente um vulgar e mediano tem duas opções: consumir-se de ódio e inveja ou imitar o bem apanhado, o sabido e esperto. Olha de onde vem a mania de imitação.
Se faço o que faz o outro, sou mais que um maria-vai-com-as-outras, sou parte de uma tribo e é isso que atrai, fazer parte. Parecer com o outro é uma espécie de homenagem, mas também um tipo de idiotez nos desprovidos de qualificação própria. Espelham-se, mas sempre reproduzem imagens distorcidas como numa sala de espelhos.
A porquinha Doroty é filha de uma ninhada de quinze leitões. É muito para o padrão humano, não para os porcos. As porcas estão acostumadas a estas leitegadas, verdadeiras explosões demográficas. E dão conta, não à toa cada qual tem dezoito tetas. Logo, na ninhada de Doroty, havia teta para todo mundo e sobrava, não tivesse a pobre sido rejeitada pela própria mãe. Acontece.
Nem bem Doroty se entendia como uma porquinha e lá se foi para um lugar distante. Era isso ou a morte por inanição. Sabe-se lá porque motivo, sua mãe lhe negou até uma mísera mamada. Doroty foi parar num canil e lá teve como ama de leite uma cachorra que havia perdido seu único filhote. Destino.
Doroty sempre foi esperta e logo fez amiguinhos cachorros. Era roliça, pouco pelo, o rabo como uma saca-rolha, mas quem se importava? Era aceita assim mesmo. Sua mãe, uma poodle, educou-a com esmero e um ou outro bullyng na escola nunca abalaram os brios de Doroty. Aprendeu a latir e até imitava colegas para alegria deles mesmos. Seu humor a salvou da rejeição.
O tal canil explorava os cães com apresentações de saltos, dar a patinha, rolar, buscar a bola, estas coisas que os cães aprendem. Vá se entender! Qual é a graça que os humanos acham em ver um bicho ao qual chamam irracional, fazer marmotagens diversas?
Doroty foi convidada para ser uma atração especial. Topou, embora sua mãe estivesse apreensiva. Imitou Carmem Miranda, fez sapateado, dançou o ziriguidum do carnaval como uma mulata. Deu salto sobre a barra na ponta dos pés. Isso nem a cachorrada treinada por anos sabia fazer. Resultado: ciumeira geral. Mas Doroty não liga. Tem mais de um milhão de amigos no facebook, mais que o Roberto Carlos.
As revistas de fofoca aguardam ansiosas, todo dia, cada comentário dela no twitter. Dizem que o fã clube só aumenta e suas pérolas farão parte de um novo bestseller de auto-ajuda. Moral da história: se você é autêntico, mesmo imitando um cachorro, pode ficar melhor que ele.
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