Dezenas de pessoas se debruçaram sobre este inacreditável acontecimento. Uma menina de apenas 9 anos é estuprada pelo padastro, engravida de gêmeos, mas o corpo demulher ainda informe, não aguenta a gravidez dupla e ameaça matar a pobre garota, de algum modo com uma parte morta, sua inocência.
Em perigo de vida, o médico faz a única coisa possível diante da difícil escolha, tenta salva a garota pela maneira possível nas circunstâncias, o aborto dos gêmeos. Ato contínuo, um cardeal, que não se manifestara em momento algum em favor das milhares de meninas mais ou menos da mesma idade estupradas pelo país, excomunga o médico e a mãe da garota. Pormomento não se sabe quem praticou o crime infamante, a mãe, o médico, a menina, o padastro?
Repercussão indignada daqueles que, pelo senso comum, percebem que a questão ética do aborto, neste ligeiro momento, está em segundo plano, posto que em primeiro está o salvar a vida da menina. O que parece óbvio a todos não sequer cogitado pelo cardeal, afinal ele, guardião da lei canônica, está diante de um dilema: defende sua lei ou exerce misericórdia? Será que ele esteve diante deste dilema? Impávido, decreta: excomunhão.
Constrangimento na igreja, titubeio na CNBB, desconforto no Vaticano. Primeiro palavras brandas. O cardeal está certo, afinal ele cumpriu a lei canônica. Mas... Por fim, o Vaticano envergonhado, decide: critica excomunhão no caso de aborto de menina de nove anos.
A cada vez que a igreja tiver que ser satisfeita em sua lei, seu dogma e o valor humano tomar um segundo lugar, esta igreja terá falhado fragorosamente em sua missão de religar este homem a Deus.
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