O papa Bento XVI fez hoje declarações pela unidade dos cristãos. É encorajador ouvi-lo falar sobre o assunto, nas palavras do papa anterior, citado por ele, que a divisão dos cristãos é um escândalo.
Seu discurso, entremeado por expressões como: "gestos corajosos de reconciliação"; os cristãos têm que ser "um instrumento de paz e de reconciliação"; que as diferenças não devem ser um obstáculo, "mas riqueza das múltiplas expressões da fé comum" em Jesus, revela uma nova postura da igreja católica?
Mas será que é possível conciliar palavras tão alvissareiras, feitas no calor de um evento, Semana de Preces para a Unidade dos Cristãos, com declarações oficiais feitas em 2007 (10 de julho de 2007) em novo documento cujo titulo é "Repostas a questões relativas a alguns aspectos da doutrina sobre a Igreja"?
"Contrariamente a tantas interpretações sem fundamento, não significa que a Igreja Católica abandone a convicção de ser a única verdadeira Igreja de Cristo, mas simplesmente significa uma maior abertura à particular exigência do ecumenismo de reconhecer o caráter e dimensão realmente eclesiais das comunidades cristãs não em plena comunhão com a Igreja Católica",
"Embora estas claras afirmações tenham criado mal-estar nas comunidades interessadas e também no campo católico, não se vê, por outro lado, como se possa atribuir a essas comunidades o título de Igreja, uma vez que não aceitam o conceito teológico de Igreja no sentido católico e faltam-lhes elementos considerados eclesiais pela Igreja Católica".
Fonte: Agência EFE
Nenhum comentário:
Postar um comentário