Cientistas na França descobriram uma molécula no
cérebro que pode acabar com o “barato” de fumar maconha. Os resultados da
pesquisa, publicada hoje na revista Science,
poderão ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos para dependentes, assim
como beneficiar o uso terapêutico da droga, inibindo seletivamente alguns de
seus efeitos negativos associados.
Fonte: Estadão - Herton Escobar (comportamento, 02/01/2014)
Ronicreysson é
um patife multifacetado. Disfarça-se de break bock, de militante das causas das
vadias, da libertação dos animais de laboratório, liberação da maconha e o que
mais aparecer na frente. Só ainda cisma com a causa gay. Está inconsolável.
Tudo ia muito
bem com os cafés da Holanda, o Uruguai e o Colorado liberando ousadamente a
venda da diamba para fins recreacionais, quando uns vetustos pesquisadores
franceses realizaram a hedionda descoberta.
Ronicreysson e seus colegas tem certeza que há um
movimento conspiratório mundial para acabar com os maconheiros. Todo mundo nos
EUA sabe que fumar por motivos medicinais é uma grande enrolação, a Califórnia
é um bom exemplo. Vende-se
receita num monte de lugares e todo mundo fuma, doente e são, pelo barato
mesmo, para ficar doidão e agora, depois dos ratos – a experiência do bloqueio
do barato deu certo em ratos primeiro, malditos ratos traidores de laboratório!
– virão os humanos. E vocês acreditam que tem espírito de porco querendo testar
a pregnenolona? É o fim, lastima-se Rony.
Não sei se
você já notou, mas seriados e filmes americanos tem uma verdadeira fixação com
duas coisas: fumar maconha e o que os criativos romanos costumavam chamar de fellatio. Hugh Grant, que é inglês, mas
que em terras americanas resolveu aventurar-se pela prática nacional, segundo
hollywood, dentro de um carro com a prostituta Divine Brown (menos mal, podia
ser com o cafetão dela), que o diga com sua foto horrível numa delegacia
americana.
Por evidente,
parece não haver estatística quanto a esta prática sexual, mesmo com Masters e
Johnson escarafunchando cada milímetro de um beijo e outras cositas mais
apimentadas no HBO ou o pioneiro Kinsey, com seu relatório nos longínquos anos
quarenta. Deste, dizem horrores, que sua pesquisa era fajuta. Também o que
queriam de um entomologista metido a sexólogo?
Pois os
cientistas da direita mundial, esfalfa-se hidrófobo Rony, descobriram que a tal
de pregnenolona, substância que o
cérebro produz, que acaba com o barato produzido pelo tetrahidrocanabinol (THC).
Apesar de defender em passeatas a liberação da maconha no Brasil, temia que se
realizasse porque por aqui tudo acaba avacalhado. Já basta que a maconha
brasileira é uma das mais fuleiras que existe. Dizem os especialistas que o
teor de THC é ridículo e continua produzida de forma amadora, nas ilhas fluviais
do São Francisco, reservas indígenas e quartinhos de favelas. Se nacionalizar,
adeus macoinha do Paraguai.
Ronicreysson acha bom que os ideólogos petistas e
esquerdistas em geral defendam a liberação, mas teme que com sua incompetência
descomunal – vejam o mensalão no que deu – inviabilizem o negócio com reserva
de mercado e outras idiotices da Cannabis nacional. Preferia que houvesse
acordo com os importadores, traficantes em geral, legalizando-os, pois estes
entendem do ramo.
Ora, quem lá que fuma um baseado esperando apenas
para aumentar a larica ou diminuir o enjoo? Todo praticante quer o barato, pois
é a viagem na essência do eu que se busca, filosofa Ronicreysson. E como é que
ficamos agora? Imaginem se produzem uma maconha modificada geneticamente sem o
THC? A praga se espalhando pelas plantações do mundo e nós, os adeptos,
ficaremos como?
E os que fumam marijuana pelo contato com o
Universo, a força maior do cosmo? Buscam aí o significado da existência mesma
e, quando um se espanta, reggae. Uma religião inteira será dizimada da face da
terra. É a hecatombe da cultura Rasta e de uma raça. Cadê a ONU? Cadê o FHC e o
Clinton?
De
repente, Rony se empertiga com um olhar perdido, o semblante sereno como quem
está imbuído da missão de libertação de uma parcela massacrada da humanidade e
lança um brado que ecoa no quarteirão: Maconheiros do mundo, uni-vos!
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