terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Sem barato não dá!



Cientistas na França descobriram uma molécula no cérebro que pode acabar com o “barato” de fumar maconha. Os resultados da pesquisa, publicada hoje na revista Science, poderão ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos para dependentes, assim como beneficiar o uso terapêutico da droga, inibindo seletivamente alguns de seus efeitos negativos associados.

Fonte: Estadão - Herton Escobar (comportamento, 02/01/2014)

Ronicreysson é um patife multifacetado. Disfarça-se de break bock, de militante das causas das vadias, da libertação dos animais de laboratório, liberação da maconha e o que mais aparecer na frente. Só ainda cisma com a causa gay. Está inconsolável.
Tudo ia muito bem com os cafés da Holanda, o Uruguai e o Colorado liberando ousadamente a venda da diamba para fins recreacionais, quando uns vetustos pesquisadores franceses realizaram a hedionda descoberta.
Ronicreysson e seus colegas tem certeza que há um movimento conspiratório mundial para acabar com os maconheiros. Todo mundo nos EUA sabe que fumar por motivos medicinais é uma grande enrolação, a Califórnia é um bom exemplo. Vende-se receita num monte de lugares e todo mundo fuma, doente e são, pelo barato mesmo, para ficar doidão e agora, depois dos ratos – a experiência do bloqueio do barato deu certo em ratos primeiro, malditos ratos traidores de laboratório! – virão os humanos. E vocês acreditam que tem espírito de porco querendo testar a pregnenolona? É o fim, lastima-se Rony.
Não sei se você já notou, mas seriados e filmes americanos tem uma verdadeira fixação com duas coisas: fumar maconha e o que os criativos romanos costumavam chamar de fellatio. Hugh Grant, que é inglês, mas que em terras americanas resolveu aventurar-se pela prática nacional, segundo hollywood, dentro de um carro com a prostituta Divine Brown (menos mal, podia ser com o cafetão dela), que o diga com sua foto horrível numa delegacia americana.
Por evidente, parece não haver estatística quanto a esta prática sexual, mesmo com Masters e Johnson escarafunchando cada milímetro de um beijo e outras cositas mais apimentadas no HBO ou o pioneiro Kinsey, com seu relatório nos longínquos anos quarenta. Deste, dizem horrores, que sua pesquisa era fajuta. Também o que queriam de um entomologista metido a sexólogo?
Pois os cientistas da direita mundial, esfalfa-se hidrófobo Rony, descobriram que a tal de pregnenolona, substância que o cérebro produz, que acaba com o barato produzido pelo tetrahidrocanabinol (THC). Apesar de defender em passeatas a liberação da maconha no Brasil, temia que se realizasse porque por aqui tudo acaba avacalhado. Já basta que a maconha brasileira é uma das mais fuleiras que existe. Dizem os especialistas que o teor de THC é ridículo e continua produzida de forma amadora, nas ilhas fluviais do São Francisco, reservas indígenas e quartinhos de favelas. Se nacionalizar, adeus macoinha do Paraguai.
Ronicreysson acha bom que os ideólogos petistas e esquerdistas em geral defendam a liberação, mas teme que com sua incompetência descomunal – vejam o mensalão no que deu – inviabilizem o negócio com reserva de mercado e outras idiotices da Cannabis nacional. Preferia que houvesse acordo com os importadores, traficantes em geral, legalizando-os, pois estes entendem do ramo. 
Ora, quem lá que fuma um baseado esperando apenas para aumentar a larica ou diminuir o enjoo? Todo praticante quer o barato, pois é a viagem na essência do eu que se busca, filosofa Ronicreysson. E como é que ficamos agora? Imaginem se produzem uma maconha modificada geneticamente sem o THC? A praga se espalhando pelas plantações do mundo e nós, os adeptos, ficaremos como?
E os que fumam marijuana pelo contato com o Universo, a força maior do cosmo? Buscam aí o significado da existência mesma e, quando um se espanta, reggae. Uma religião inteira será dizimada da face da terra. É a hecatombe da cultura Rasta e de uma raça. Cadê a ONU? Cadê o FHC e o Clinton? 
De repente, Rony se empertiga com um olhar perdido, o semblante sereno como quem está imbuído da missão de libertação de uma parcela massacrada da humanidade e lança um brado que ecoa no quarteirão: Maconheiros do mundo, uni-vos!

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