A recente divulgação de uma gravação estrelada pelo segundo homem da hierarquia da igreja Universal, bispo Romualdo Panceiro, virtual sucessor do bispo Macedo, papa da igreja, é um escândalo, talvez e infelizmente, como acontece com ações marginais dos políticos brasileiros, destinado ao esquecimento .
A Folha divulgou vários momentos da gravação de uma aula de desfaçatez e inacreditável sem cerimônia em que o tal bispo ensina seus pupilos pastores a extorquir, em nome da religião, pobres vítimas. A certa altura da homilia o bispo diz: "nosso problema não é bandido, é a polícia". Ele alegava que um roubo de 52 mil reais de um carro forte que carregava a féria de uma igreja, fora roubado por, pasme o leitor, policiais. Eu tendo a acreditar que a quizília se dá pelos métodos, logo, pela identificação com os primeiros. Ainda entre as orientações, o bisbo ensinou como usar a Bíblia para manipular e dar fundamentação ao assalto ao bolso das pessoas.
Mas o homem foi além, deu também dicas, em nome de seu chefe, de como devem agir os pastores nas comunidades pobres. Nada mais, nada menos que se aliar aos bandidos que infelicitam as favelas como forma de manter uma política de boa vizinhança. A pergunta que não quer calar é: até quando se assistirá estes falsos profetas, enganadores, verdadeiros estelionatários da fé, agirem impunemente?
O cartunista Jean conseguiu ilustrar com algum humor aquilo que deveria nos fazer chorar, a conspurcação dos púlpitos, a exploração da fé ingênua dos cidadãos.
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