domingo, 7 de fevereiro de 2010

Eu quero é um cargo em comissão do Lula

Uma agência governamental de emprego francesa propôs a uma jovem de Paris que estava há dois anos desempregada uma oferta de trabalho de "animadora de chat para adultos", ou seja, "striptease" pela internet. 
Fonte: G1/ Efe
Fora o presidente Lula que pouco trabalhou na vida, nem estudou e ainda se gaba, porque cedo descobriu que a profissão de sindicalista é infinitamente mais rentável, o resto das pessoas tem que ir à luta. Se não, vejamos: um sindicalista esperto pode ficar anos e anos sem dar um prego. Basta estar sempre pendurado numa daquelas diretorias que tem dezenas de cargos. Não importa o que a chapa de plantão defenda, o negócio é continuar a dar expediente no sindicato, ou seja, não fazer nada, exceto fazer o agá na época do dissídio da categoria. Aí haja firula e gogó.
Então, todo governo tem lá seu ministério de trabalho e emprego. Geralmente se monta uns programas de recolocação, encaminhamento, etc. O governo brasileiro seguindo o modelo francês, aliás, nunca o Brasil foi tão francês como agora e eles estão adorando, estamos comprometidos com pelo menos 30 bilhões de reais em compras em seu mercado. Pois bem, o ministério inventou uma agência de empregos.
Dia desses, chega uma correspondência na casa de uma moça. O governo lhe encaminhava para um trabalho. A mulher havia dois anos que se inscrevera no programa que, no período, empregou apenas uma pessoa: o secreta de você sabe quem.
A carta apresentava uma lista de opções. A primeira delas considerava a foto e idade da candidata. Animadora de chats dos sites do Senado e Câmara. O serviço seria exclusivo para senadores e deputados. Não seria necessária qualquer experiência nem concurso. Bastava mesmo uma boa plástica, se é que me entendem.
Mas havia outras opções. Menos aquela que qualquer um queria: entrar na lista num dos 4.225 cargos em comissão (de confiança) que o Lula criou. Lá no Distrito Federal se oferecia a possibilidade de ser mulher mala, bolsa. Aqui no sentido lato do termo. O serviço era carregar dinheiro na calcinha, na meia três-quarto, no cocó, entre os bobes, entre os seios, desde que fosse farta neste quesito anatômico. Exigência: tempo livre para acompanhar o político e, se fosse pega, não perder o rebolado.
Também em Brasília. Lustrar a cara e a careca do Arruda. Não precisaria, mas... Este é um emprego sem a mínima emoção.
Provadora oficial de caipirinha e destilados do presidente Lula. Não que ele, como reis antigos, corra risco de envenenamento ou coisa que o valha, foi a forma que dona Marisa encontrou de diminuir o consumo etílico presidencial. Exigência: capacidade de processamento alcoólico alto. Haja fígado.
Ser claque da Dilma na pré-campanha a presidente que o TSE disse que não é. A vantagem é que a pessoa viajará o país inteiro, não necessariamente em primeira classe. O sucatão ainda está voando. Exigência: Além de não ter medo de voar (vai tomar muito susto), deve ser uma pessoa entusiasmada e ter estômago de avestruz. As claques só comem salgadinho e kisuco, feito nos próprios locais dos lançamentos das centenas de pedras fundamentais disso e daquilo. Às vezes, acontece de ser no meio do nada.
Por fim, duas funções em uma. Substituta de mensaleiro e jogar no Aloprados Futebol Clube. Exigência: habilidade de saber cobrar escanteio e correr para cabecear ou chutar para fazer o gol. Ser mascarado. Saber fazer gol de mão. Saber dar carrinho por trás, dedada no olho e cotovelada. Claro, se possível, quando o juiz não estiver olhando. O salário disso tudo? Ó!
A candidata? Dispensou as ofertas. Está fazendo curso relâmpago para se tornar bacharel em cambismo para a copa e a olimpíada.

Tradução da frase na foto: “Há maneiras melhores para fazer carreira”

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