segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Agenda sete: protagonismo gay

Agenda sete, no jargão jornalístico, é o tema que dez entre dez jornais (de todo tipo) está falando e termina, por isso, pautando as discussões na sociedade. Sugere o assunto na barbearia, no mercado, na mesinha de bar. Um destes temas, em especial, tomou de conta de todas as áreas da sociedade. Na medicina, no judiciário, nos consultórios (e fora deles) psicológicos, nas igrejas, na política. É o tema da homossexualidade.
        Agora, imagine uma sabatina de um general na comissão de justiça do Senado. É um ato protocolar. O general foi indicado para o Supremo Tribunal Militar e deve passar por perguntas, apenas para sacramentar a indicação. Pois bem, do nada, alguém pergunta a opinião do general sobre a inclusão de gays no exército. O que isso tem a ver com a função específica que este senhor desempenhará no Tribunal é nenhuma, mas a agenda sete, fustigados por apoiadores dos movimentos sociais gays, ataca, então...
O general disse o que segue:
“Não há compatibilidade no cargo que se exerce com o tipo de comportamento, porque tem sido provado que o individuo não consegue comandar. Comando, principalmente em combate, tem uma série de atributos e um deles é que o soldado, a tropa, fatalmente não vai obedecer. Não é que um indivíduo seja um criminoso”.
        Foi o suficiente para acender um rastilho de pólvora e virou notícia, inundou milhares de blogs, contra e a favor da opinião do militar. A maioria absoluta das notícias tratava a fala do general como preconceituosa e homofóbica, palavrinha da moda. Nem todos eram tão diretos, mas com panos quentes ou não, todos queriam dizer a mesma coisa. Vamos que o general tenha sido até simplório em sua fala. Engraçado é que um almirante, que também era sabatinado, não concordava com o general. Mas quase não se falou disso.
        Há duas questões aqui que convém falar. A primeira é que se vive a ditadura da opinião única, que se traduz em patrulhamento e estereotipagem da fala e da pessoa que fala sobre o tema homossexualidade, desde que ele ou ela, por razões sejam quais forem, não concorde com o dogma intocável repetido à exaustão na mídia. A coisa é tal que qualquer pessoa que queira assumir cargo, público ou não, deve colocar entre suas propostas, algo que agrade a este contingente de pessoas. É isso ou a patrulha ostensiva e quando não, ameaças de que o sujeito é enrustido ou tem alguém da família em tão condição.
A segunda questão tem a ver com os fundamentos do dogma que é falso. Tão frágil como o gigante bíblico que tinha pés de barro misturado a ferro. Reza o dogma que a homossexualidade tem que ser protagonista pública em todas as áreas, não é algo de foro íntimo que diz respeito exclusivo a pessoa que é homossexual. Trata-se de tornar a homossexualidade numa espécie de terceiro sexo, equiparar às minorias tais quais índios e quilombolas, doentes mentais e idosos, enfim categoria que deve ser privilegiada, segundo seus defensores em nome de uma sociedade igualitária e em função de injustiças, preconceitos, etc, etc que os homossexuais têm sofrido. Diria o velho personagem ranzinza: há controvérsias! Neste texto não dá para discutir.
O patrulhamento constante às pessoas que opinam contrariamente – estejam elas certas ou não – ao novo valor gay, não ajuda em nada na verdadeira discussão. Ao contrário, cria novos subgrupos, rotula de forma pejorativa e divide a sociedade. Daqui a pouco os rotulados de homofóbicos serão uma minoria a ser defendida, a agravar-se a situação atual. Pelo menos em nome da liberdade de opinião, de manifestação na sociedade democrática. Ironicamente, seria satisfazer à demanda pelo que brigam as chamadas minorias.
Sei, a sociedade democrática não é palco para que pessoas sejam tratadas de forma desrespeitosa. Exato. Para isso há os mecanismos legais. Puna-se quem infringir a lei, que cause danos morais, calúnias, injúrias e difamação. Não a opinião sobre, por exemplo, alguém que se mostre contrário ao casamento gay ou que, por sua crença, rejeite em sua igreja a prática homossexual.
Homossexual, masculino ou feminino, é pessoa. Antes de ter sua preferência sexual (ou não), é uma pessoa e nisto tudo se resume. É, portanto, como pessoa que deve ser julgado, caso fira as leis, os costumes, a moral e ética ou precise de ajuda e proteção. Uma pessoa não será melhor ou pior em sua profissão se, em paralelo, seja reconhecido ou faça também apologia de sua prática sexual entre quatro paredes. Algo como se a homossexualidade conferisse, dependendo da situação, melhor ou pior qualidade ao que aquela pessoa realiza.
Por fim, como pessoas (cidadãos), os homossexuais têm direitos e deveres e assim deve ser tratados. Este regime de sub-tribos que reclamam direitos absolutos, equiparação uns com os outros está nos levando a um regime de subversão da liberdade individual. Nesta toada, cada pessoa deve, a partir de agora, agregar-se a um algum tipo de grupo para sobreviver. O direito é do ser humano, não de um grupo que quer impor sua forma de vida à maioria.
Não se pode aceitar a violência contra nenhuma pessoa, mas tampouco se pode aceitar é que o protagonismo (movimento) gay se nos imponha padrões que, no limite – como querem um bom grupo que lhes apoiam – colocar parte da sociedade contra a parede porque o respeito que pedem não decorre de sua pessoalidade, mas de um conjunto de comportamentos, leis, cultura fabricada e motivada por rancor, heterofobia e negação de valores que lhes são contrários, especialmente os religiosos.

Quem na ilustração é gay?

Um comentário:

Deco Ribeiro disse...

Que monte de bobagens esse texto...