O
colunista Xico Sá escreveu um artigo em El Pais com o título:
“contra o ‘habeas corpus’ para a macharada”. Como muitos
outros, ele repercutiu o bafafá causado pela carta assinada por
cerca de cem atrizes francesas em resposta à histeria hollywoodiana,
literalmente, das denúncias em série contra atores e produtores que
supostamente teriam abusado das atrizes, alguns desses fatos
ocorridos mais de vinte anos antes, quando ainda eram moçoilas
loucas para vencer na vida na sétima arte.
Estes
homens se aproveitaram dessas, à época, garotas, muitas dispostas a
fazer o que fosse preciso para subir na vida e se submeteram ao
famoso teste do sofá, de todos conhecido e escondido desde o tempo
do cinema mudo. Algumas delas se tornaram divas do cinema e muito,
muito ricas, com cachês hoje na casa dos vários milhões… de
dólares!
O
resultado desta sanha em que a cada semana um novo suposto abusador é
dado in vivo
à fome canina das mídias, nomes foram, definitivamente, jogados
na lata de lixo e fora o
notório
Harvey
Weinstein, pergunto-me,
baseado em que provas tantas mulheres anunciam o abuso? E
homens também, taí o Kevin Spacey
que,
qual um lobo mau, queria comer alguns porquinhos. De
que tipo de abuso estão falando? Em
algumas sinto um cheiro azedo de autopromoção.
Até
o Woody Allen, cujas atrizes faziam fila para protagonizar um de seus
filmes, agora fazem coro relembrando seu
passado, sim, muito nebuloso, com brigas públicas
e processos tormentosos e
acusações de abuso por
parte de sua ex, Mia Farrow,
de quem herdou a filha que
agora é sua esposa. Mas a fila para
os filmes de Allen continuam,
aparentemente sem abuso,
para
ser parte de
uma grife criada pelo ator/diretor/roteirista.
Algumas
participarão, mas num mea
culpa desajeitado
dizem
que doarão seus cachês para organismos feministas.
Deparo-me,
após este vendaval, com a pergunta feita por um colunista de El Pais
que indaga a respeito do
cineasta: “o que fazer com
a arte de homens monstruosos?” What????
Por
que citei o Xico Sá? Porque ele é o típico colunista, jornalista
que ecoa e reafirma estas e muitas outras insanidades que o
politicamente correto cria. Em seu artigo, ele tenta, condescendente,
explicar que as atrizes francesas não quiseram dizer o que disseram,
daí o título citado. Quem leu o artigo francês entendeu claramente
que era um contraponto ao desembesto que tomou conta de Hollywood e
suas atrizes. As francesas defenderam a razoabilidade. Ponto. Melhor,
são mulheres seguras e que longe de um feminismo castrador da
masculinidade, aceitam os homens como são. E não, de jeito nenhum,
deram carta branca aos tarados que merecem o mais duro combate por
todos os meios.
Vocês
percebem a loucura. Parece que certos tipos só entendem o mundo na
base do ou oito ou oitenta. Quer dizer que defender o direito dos
homens cortejarem as mulheres é concordar com abuso? Esse Xico Sá e
outros de sua igualha pensam com quê? Com o unha?
Eu
diria que talvez as europeias sintam com mais intensidade a
feminilização ridícula dos homens naquele continente, resultado
justamente do movimento que elas popularizaram queimando sutiãs nas
praças. Os sutiãs queimados não criaram homens afrouxados e
inseguros.
Em
particular na Europa, a lástima é que os homens não preservaram
sua masculinidade e deixaram as feministas tão à vontade que quando
nos espantamos, em pleno 2016, nas passeatas alemãs motivadas, aí
sim, por ataques sexuais a mulheres perpetrados desgraçadamente por
aqueles que foram acolhidos no país na onda de imigração by
África/Oriente Médio os homens alemães no máximo gritaram
palavras de ordem, não sei se em falsete.
Mas
o pior é muitos dos homens participantes nas passeatas usavam
saias!! Era sua forma de solidariedade quando deveriam defender suas
mulheres como homens. As saias não são uma piada. Temos a nossa
própria versão tropical aqui no Brasil. Os namoradinhos-coisa das
feministas de Copacabana desfilam com elas de sutiãs e com slogans
pintados no corpo do tipo: meu corpo, minhas regras. Como assim?
Não
sei aonde vai dar a postura do politicamente correto. Mas sei que o
mundo está mais feio, triste, sem espontaneidade e tão cheio de
regrinhas que daqui a pouco qualquer um que se oponha a este estado
policialesco será caçado e estereotipado (isso já acontece nas
redes virtuais) como um bicho indigno desta bela sociedade que querem
criar e colocados em guetos, talvez sem muros. Mas numa sociedade tão
vigiada, quem precisa deles? Ah, o Trump!
PS. Vocês não pensaram que eu colocaria a foto do Xico Sá aqui, né?
Nenhum comentário:
Postar um comentário